Vizinhos Adoráveis (onde?)

Com exceção das seguintes pessoas: Emanuel que divide “apertamento”, e tem que me aturar de todo jeito; Iara, que me empresta o tanquinho, xicara de café, açúcar, leite, óleo (brinks), e é uma gracinha; Nadja, que deixa eu fazer as festinhas em sua varanda e ainda participa; e minhas “best” Kelly e Rebeca, que também são obrigadas a me aturar, porque sempre apareço nas horas mais inapropriadas, pra encher elas com minhas histórias e depressão, e as vezes destilar meu veneno, só elas tem paciência comigo. O resto dos vizinhos que não citei são meros figurantes da minha história diária.

São seres estranhos, que eu juro, repito, eu juro que tento ser amigo deles, mas tá difícil, também não sou inimigo, porque né, ser inimigo de vizinho é quase um suicídio. Falo bom dia, sou cordial, até ajudaria a descarregar as compras do carro se agradecessem com um chocolate depois [/me vendo fácil fato], mas não dá gente não tenho paciência para pessoas bipolar, já me suporto e isso basta. Gente que deixa lixo no corredor, mulheres que estendem suas calcinhas na varanda, (vem já um dizer, e você não estende suas cuecas?) claro que estendo, mas me incomodo quando os outros fazem o mesmo! E o que mais me tira do sério as correspondências que se amontoam na caixa do correio.

São 14 “apertamentos” e em cada um deles tem loucos de cada tipo: Tem as meninas que juro não entender de onde elas tiram dinheiro para pagar a fortuna que é o aluguel, e ainda pagar faculdade, detalhe só falam comigo quando eu falo com elas, e eu sempre falo. (adoro constranger as pessoas sendo educado!); O obeso “forever” que só fala comigo quando passa só, porque quando ele passa coma mulher ele nem diz bom dia, a mulher dele faz a linha simpática e sempre fala, quer ser sindica do prédio, pode até ser, mas não com meu voto; O drogado que passa mais tempo viajando que em casa, e a gente só sabe que tá em casa quando sente o cheiro da maconha sendo queimada; A songa monga estudante; A mãe do menino que grita no interfone; O que deixa o lixo na garagem e só tira quando colocam aviso pedindo pra não por lixo na garagem; E o idiota aqui que perde tempo escrevendo isso pra vocês (vishe). Tem mais, só que se eu continuar não termino hoje.

Agora me pergunte se eu sei o nome de alguma dessas criaturas, claro que não! Nem pretendo aprender, não socializo com pessoas que deixam a garagem aberta pondo em risco a vida dos outros condôminos, muito menos quem abre correspondência alheia. Me recuso a ser social com quem não é social.

Enfim, alguns devem estar se perguntando se eu não tenho medo de represálias por parte dos vizinhos, claro que tenho, mas eu não ia perder a chance de aproveitar a inspiração e escrever umas bobagens aqui, as únicas pessoas que podem vir a ler o que escrevo aqui, são as que citei no início da postagem, e todos conhecem meu senso de humor e ironia. Beijos em quem tem o desprazer de ser meu vizinho! =*

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